Quem há quinze anos passa pelas mesmas três ruas, diária e continuamente, vê chão; vê ladrilhos e pedras, olha quase sempre para baixo, sem buscar o novo, que há muito não deslumbra mais. Na verdade, irrita: carros passando, carros passando, carros, carros... Quem há quinze dias passa pelas mesmas três ruas, ainda olha pra cima, observa as árvores e pensa: até que muitas para uma capital... Sente o cheiro fresco e o ritmo frenético quase que contagiante, de uma cidade viva que chama, exige.
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